É só mais um desabafo... PARTE 2

Eu estava aqui pensando... Quando alguém é culpado de algo e não apenas sente remorso, mas se arrepende de todo seu coração e implora, suplica pelo perdão, esse alguém se torna merecedor do perdão. É como se ele passasse a ser inocente a partir do momento em que se humilhou e deixou que brotasse em seu interior o arrependimento genuíno.

Este é um raciocínio um pouco complexo, difícil de ser digerido e aceito, principalmente quando pensamos na culpa como um crime de pedofilia, um assassinato ou coisas desse tipo, chega ser até injusto pensar assim. A cabeça humana é realmente muito limitada e desprovida de supremacia, não é sublime, é pequena e vil.

Às vezes o sujeito que detém o poder de dar o perdão não possui graça e misericórdia suficientes para fazê-lo, ou talvez esteja ocupado demais lembrando o que ficou no passado, sangrando mais ainda as feridas, impedindo assim que seus pensamentos e sentimentos se transformem na atitude de perdoar...

Não estou dizendo que, uma vez arrependido o culpado esteja livre das consequências de seus atos ou de passar pela justiça humana para pagar pelo que fez, não é nada disso! Estou tratando aqui da essência da palavra perdão. Uma vez perdoado, o culpado está absolvido, sua culpa foi cancelada. Esse ato traz paz, traz leveza, não só ao que recebe, mas, sobretudo ao que libera o perdão. Isso é ensinamento bíblico, cristão, é inclusive a etimologia da palavra de origem grega, que significa literalmente “cancelar” ou “remir”...

[Parte 3 em 27/11/2011]

0 comentários:

Postar um comentário