Este é um raciocínio um pouco complexo, difícil de ser digerido e aceito, principalmente quando pensamos na culpa como um crime de pedofilia, um assassinato ou coisas desse tipo, chega ser até injusto pensar assim. A cabeça humana é realmente muito limitada e desprovida de supremacia, não é sublime, é pequena e vil.
Às vezes o sujeito que detém o poder de dar o perdão não possui graça e misericórdia suficientes para fazê-lo, ou talvez esteja ocupado demais lembrando o que ficou no passado, sangrando mais ainda as feridas, impedindo assim que seus pensamentos e sentimentos se transformem na atitude de perdoar...
Não estou dizendo que, uma vez arrependido o culpado esteja livre das consequências de seus atos ou de passar pela justiça humana para pagar pelo que fez, não é nada disso! Estou tratando aqui da essência da palavra perdão. Uma vez perdoado, o culpado está absolvido, sua culpa foi cancelada. Esse ato traz paz, traz leveza, não só ao que recebe, mas, sobretudo ao que libera o perdão. Isso é ensinamento bíblico, cristão, é inclusive a etimologia da palavra de origem grega, que significa literalmente “cancelar” ou “remir”...
[Parte 3 em 27/11/2011]
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