Sem exagero, chocolate é um ótimo alimento para o coração

O cacau, matéria-prima do chocolate, era considerado por maias e astecas o alimento dos deuses. O prestígio do fruto do cacaueiro pode ter se originado da observação de que as suas sementes guardam diversas propriedades “divinas” para a saúde. Hoje, vários séculos depois de os espanhóis incrementarem a culinária europeia com o novo sabor, sobram evidências científicas de que o chocolate é um grande amigo do nosso organismo. Isso acontece especialmente com o tipo amargo, guloseima com um gosto peculiar justamente por ter maior teor de cacau na sua composição, promove uma série de benefícios para a nossa saúde.

Vários estudos já apontaram as vantagens do chocolate para nossa saúde. Um exemplo disso, recentemente divulgado, foram as pesquisas que mostraram que o cacau reduz o risco de doença cardíaca. A ingestão de uma barra de 100 gramas eleva significativamente a capacidade antioxidante do plasma, e o uso diário de pequenas quantidades (aproximadamente 50g) ajuda a reforçar e a relaxar a parede das artérias. Isso porque o chocolate possui algumas propriedades:

Ele tem poderosos antioxidantes: esse alimento é rico em polifenóis, substâncias que neutralizam radicais livres- moléculas que surgem da degradação de oxigênio e que podem acelerar o envelhecimento e os problemas que costumam acompanhá-lo. Os polifenóis também têm ação preventiva contra derrames. Segundo estudos feitos Universidade de Toronto, no Canadá o consumo de uma porção de chocolate por semana diminuiu em 22% o risco de sofrer um derrame. O outro estudo mostrou que o consumo de 50 gramas do chocolate por semana reduz em 46% as chances de morte, após um AVC.

É rico em micronutrientes: o chocolate, além de gostoso, contem substancias muito importantes, como potássio (regula pressão sanguínea, nível de acidez e o funcionamento neuromuscular), ferro (atua na produção de ATP, o combustível celular), magnésio (participa da formação de ossos, do processo de coagulação do sangue, ativa vitaminas do compexo B, age sobre a insulina) e zinco (ajuda na cicatrização, estimula o sistema imune, preserva a visão, é antivirótico).

É neutro em colesterol: a gordura que o chocolate possui não atua de forma negativa nos níveis de colesterol. Na verdade, ela tem efeito contrário e ajuda a promover índices saudáveis de colesterol no sangue.

Reduz a pressão sanguínea: comer chocolate relaxa os vasos sanguíneos e permite que o sangue flua com mais facilidade pelo corpo, o que facilita o transporte de nutriente para as células. Segundo um estudo, pessoas que comeram diariamente pouco mais de 100 g de chocolate escuro, por 2 semanas seguidas, tiveram mais sucesso em manter a pressão sob controle.

O chocolate possui ainda em sua composição o aminoácido triptofano. Essa substância estimula os receptores da serotonina e da dopamina, que têm a função de melhorar o humor e a atividade mental. Daí o conhecido desejo das mulheres, especialmente na fase pré-menstrual, por chocolate.

No que diz respeito ao seu consumo, alguns pontos devem ser considerados. O chocolate é muito rico em gorduras, especialmente o ácido esteárico que, embora não aumente o colesterol, é muito calórico. Portanto, vale a pena lembrar, que mesmo que o chocolate traga todos esses benefícios ao nosso corpo, ele não deve ser consumido de forma exagerada ou descontrolada. A melhor hora para comê-lo é depois do almoço, já que seu índice glicêmico é bastante alto.

A quantidade recomendada para consumo diário é de 50g (meia barra) que corresponde a aproximadamente 300 calorias a mais na dieta. Recomenda-se que isso seja retirado de uma das refeições. Outra possibilidade é a pessoa ingerir, junto com o chocolate, uma fonte de fibras, que vai reduzir em cerca 70 calorias desse balanço.

Do Correioweb
Fonte: Portal Pernambuco.com

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